A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) está a proceder, como é habitual, a uma análise dos campeonatos que promove, em especial o do topo da pirâmide: a Liga masculina. E são vários os aspectos que estão a merecer particular atenção, não só por se entender que a actual regulamentação apresenta algumas lacunas, também para se pretender adaptar a própria competição a um tempo de crise económica a larga escala, à qual não escapam os emblemas nacionais – alguns deles devedores à entidade que promove a prova.
Ainda sem ter estabelecido uma conclusão, por se encontrar numa fase de avaliação e diálogo com as diversas associações distritais – as mais representadas no universo de Liga, Proliga e Liga Feminina – e das classes dos árbitros e treinadores, a FPB foi confrontada com uma proposta para substituir o actual modelo de 12 clubes na Liga. A opção poderá recair num campeonato a 16 clubes, com a segunda prova a contar com igual número de emblemas (divididos inicialmente em duas zonas) e reforçando-se a posição do CNB1 (entram nesta prova). Por conseguinte, o CNB2 é eliminado.
Esta medida, que tem recolhido bastante aceitação de diversos quadrantes – só assim merecerá a aceitação da FPB –, poderá salvar Illiabum e Barreirense da despromoção – entre outros de divisões inferiores –, e promover à Liga alguns conjuntos já resignados à permanência, alargando geograficamente a principal competição a zonas de menor impacto basquetebolístico.
A limitação dos estrangeiros na Liga para a época 2011/12 será outra das novidades a anunciar brevemente. Isto é, depois da FPB ter aprovado, a 18 de Março último, regulamentação a franquear as portas a comunitários, cotonous e brasileiros, serão os próprios clubes a fechar a entrada a estes atletas. Actualmente, um acordo de cavalheiros define um máximo de três estrangeiros por plantel de Liga (dois na Proliga). No futuro, esse limite ainda será alvo de discussão em reunião de clubes, mas não deverá ultrapassar os quatro (entre os quais um ou dois comunitários) na Liga, dois (1+1) na Proliga e um na CNB1. As dúvidas geradas em torno de alguns problemas físicos de atletas deverá obrigar a FPB a actuar, a pedido dos clubes. Deverá ser anulada a gratuitidade de inscrição dos estrangeiros em caso de substituição de um outro lesionado.
Outra das alterações prende-se com a redução de três para dois os árbitros presentes em jogos da Liga e a redução em um elemento da composição da mesa de oficiais (de cinco para apenas quatro).
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