A Ovarense ficou ontem arredada da discussão pelo apuramento para a Fase Final do Campeonato Nacional de Cadetes Masculinos ao perder na Arena João Gonçalves 39-65 frente ao FC Porto. A quinta derrota em oito jogos afasta a equipa vareira de qualquer possibilidade de alcançar a fase de todas as decisões de onde sairá o próximo campeão nacional do escalão.
A equipa vareira nunca conseguiu, em termos ofensivos, desenvolver o seu jogo cedendo naturalmente perante um adversário que se apresentou muito eficaz no lançamento exterior (6 triplos) e que teve sempre mais soluções e discernimento no seu ataque.
Os primeiros dez minutos (12-18) ficaram marcados pelo equilibrio no marcador durante os primeiros oito minutos em que ambas equipas alternaram a liderança no marcador. Não fomos consistentes no trabalho defensivo permitindo ao adversário alguma liberdade na nossa zona restritiva o que levou aos visitantes a fazer varios cestos na nossa zona interior. No ataque tentamos alternar o jogo interior com o lançamento exterior mas fomos muito perdulários retirando pouco aproveitamento de algumas situações em que tinhamos superioridade numérica. Mesmo assim, só algumas distracções defensivas no final do período é que permitiram ao nosso adversário ganhar alguma vantagem.
No segundo quarto (07-14) estivemos bem defensivamente mas estivemos desastrados na hora de atacar (2/18) falhando muito tanto no jogo interior como no lançamento de fora. Isto deveu-se fundamentalmente a alguma precipitação no ataque com pouca paciencia para rodar a bola e alargar os tempos de ataque, a alguma falta de decisão em assumir os duelos 1x1 e a más selecções de lançamento. Isto somado a eficacia que o FC Porto ia apresentando no seu lançamento exterior fez com que a equipa não conseguisse recuperar a desvantagem a chegada do intervalo.
Após o regresso dos balnearios (14-15), a equipa esboçou uma tentativa de reviravolta que só não foi bem sucedida porque os visitantes mostraram-se letais nos lançamentos desde a linha dos 6m75. A nossa equipa conseguiu defender bem embora intermitentemente e no ataque foi mais rapida nas transições e mais eficaz na concretização apostando mais no jogo interior onde conseguiu retirar mais proveito mas o FC Porto não permitiu que nos aproximasse-mos ao rapidamente responder a qualquer tentativa com um cesto de três pontos.
No derradeiro periodo (06-18) e já a jogar mais com o coração que com a cabeça, a nossa equipa acabou por desorganizar-se ainda mais em defesa e deixou de procurar soluções colectivas no ataque optando por individualizar o jogo. Com uma péssima percentagem de concretização (1/17) não conseguimos recuperar a desvantagem e pelo contrario a equipa portista aproveitou o "endurecemento" do jogo para sentenciar a partida convertendo 11 pontos desde a linha de lance livre que ajudaram a cavar a diferença final no marcador.
Resta-nos agora continuar a trabalhar com o objectivo de ficar-mos na parte alta da tabela procurando corrigir os aspectos menos bons do nosso jogo e tentando vencer todas as partidas que nos restam na competição.
Excelente ambiente nas bancadas. Boa entrega de todos os intervinientes na partida. Boa dinâmica defensiva embora com algumas intermitencias. Poucos «turnovers» em comparação com as últimas partidas e controlo da tabela defensiva.
Más percentagens de lançamento. Oscilações na prestação defensiva. Pouca utilização do contra ataque. Baixo aproveitamento nos lances livres. Má gestão dos tempos de ataque com pouca paciencia na rotação da bola no ataque organizado originando precipitação e más selecções de lançamento. Baixa eficácia no jogo interior.
A equipa agradece todo o apoio de todos aqueles que a acompanharam neste desafio.
Parcias: (12-18) (07-14) (14-15) (06-18)
Marcador: (12-18) (19-32) (33-47) (39-65)
Jogaram: Rodrigo Lopes, Gabriel Diaz, Nuno Sampaio, Nuno Monteiro, Nuno Leite, Ricardo Ribeiro, Pedro Santos, Rodolfo Castro, Gil Seabra, Rodrigo Soeiro, André Vaz e Ricardo Martins.
Treinador: Tam Ling
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