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sábado, agosto 13, 2011

Lance Livre

A partir desta semana iremos retomar este espaço de opinião com a intenção de acompanhar o acontecer do basquetebol a todos os níveis. Poderás acompanhar todas as crónicas num link no site.

O estado do basquetebol nacional não é nada risonho. Nos últimos meses temos assistido ao sucessivo aparecimento de registos negativos para a modalidade: as desistências de algumas equipas em  diferentes escalões (desde seniores até camadas mais novas) e em diferentes competições, a continua conflitualidade existente entre vários dos agentes desportivos que intervém na modalidade, os pagamentos em atraso, problemas para conseguir ter uma liga principal com clubes bem organizados e que seja economicamente sustentável no tempo sendo apelativa para os patrocinadores, a ameaça cada vez mais real de encerramento dos CNT´s e mais que tudo, a  falta de um projecto claro de desenvolvimento e difusão do basquetebol a partir das bases só prejudicam a evolução da modalidade. Esta crise para além de estar influenciada pelos problemas económicos que assolam actualmente o país está fundamentalmente ligada a uma serie de erros que se tem acumulado ao longo dos últimos anos e que tem contribuído para uma "morte lenta" do nosso desporto. Ao olhar só pelos seus interesses, de uma forma mesquinha, os dirigentes da FPB e das diferentes Associações tem estado a contribuir para uma gestão errada da modalidade e para a afastar cada vez mais de adeptos e possíveis novos praticantes. O cenário sem dúvida não é muito animador até porque a crise veio para ficar. Por isso, é urgente pensar-se seriamente a modalidade, passar de medidas pontuais e as vezes pouco meditadas para reformas que se afiguram necessárias e que tem de ser levadas a cabo se queremos que o rumo do nosso basquetebol mude para melhor.

A paixão pela pratica do basquetebol não decresceu no nosso país nos últimos anos. Segundo um estudo feito pelo  Instituto de Desporto de Portugal em catorze anos passámos de 18 mil, para 40 mil praticantes. Segundo o mesmo estudo, de 1996 a 2009 o financiamento aumentou 100%, até aos 3,5M€. Exceptuando o Futebol, de todas as federações com financiamento superior a 1M, a FPB é a que teve o maior aumento. A questão que se põe é como é que isso não se reflecte no aumento na qualidade de jogo dos praticantes, dos nossos jovens, das nossas selecções. Também não se percebe a falta de mecanismos dentro da FPB e das próprias Associações para melhorar a prospecção e captação de novos talentos e para implementar uma política de desenvolvimento seria e continuada no tempo.

É necessário olhar para os actuais modelos competitivos e para aquilo que todos os agentes desportivos têm que fazer. A estagnação ao longo dos últimos anos tem sido evidente e se não houver alterações a esse quadro o basquetebol português estará cada vez mais condenado a não passar de uma modalidade cada vez menos popular e com pouco futuro.

Post-Sciptum: O presidente da FPB, Mário Saldanha fala do encerramento inminente dos CNT's. Independentemente de se concordar com o modelo de CNT e de prospecção de jogadores que se está a fazer em Portugal (e eu sou um crítico do actual modelo), o principal problema de Saldanha e da FPB é o de, por um lado, não ter uma ideia alternativa para superar essa conjuntura e pelo outro mostrar pouca convicção na defesa de um projecto no qual diz acreditar veementemente.

Saudações desportivas!
Nelson Amaral Duarte

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