Há várias formas de liderança, umas boas, outras más, umas melhores e outras piores. Aquela em que eu verdadeiramente acredito é a liderança por exemplo – “olha para o que eu digo, mas sobretudo olha para o que eu faço” –, é essa aquela que dá verdadeiros resultados. Se o líder for o primeiro a fazer, se der o exemplo, o resto da equipa virá atrás.
Histórias de grandes líderes há muitas, mas hoje e graças a Kevin Eastman (treinador que faz parte do staff técnico dos Boston Celitcs) e ao seu site (www.kevineastmanbasketball.com), vamos ficar a conhecer melhor o carácter e o exemplo de Kevin Garnett.
Segundo Eastman, os treinadores dos Celtics têm muita sorte em ter um Kevin Garnett para treinar e os seus colegas de equipa têm muita sorte em ter um Kevin Garnett para os liderar. Qualquer um de nós pode ter o seu Kevin Garnett ou alguém na equipa que se pode vir a tornar num – não só do ponto de vista do talento, mas também do ponto de vista da liderança.
Estas são algumas das características, palavras e atitudes que Eastman teve e tem tido a oportunidade de presenciar da parte do Kevin Garnett.
•Ele está sempre à procura de novas oportunidades para ensinar os mais novos e menos experientes, de forma a ajudá-los a tornarem-se “verdadeiros profissionais”, desde a maneira como se vestem, à maneira como se preparam para o treino ou jogo, à maneira como interagem com os colegas de equipa.
•Ele vive o “conceito de equipa” todos os dias de todas as maneiras. Na verdade, na época passada o Garnett recusava-se a dar entrevistas sem a presença do Paul Pierce ou do Ray Allen, porque ele não queria que a equipa fosse a “sua” equipa, mas sim a “nossa” equipa.
•Ele exige que o staff técnico o treine, o corrija, o chame à atenção – para que se torne melhor jogador. Ele compreende que treinar alguém não é criticar, mas sim uma parte muito importante do seu desenvolvimento.
•Ele trabalha no seu jogo todos os 287 dias da nossa época. Ele percebe que a repetição é a chave das suas melhorias e desenvolvimento.
•Ele é muito competitivo e comprometido: joga tão duro quer estejamos à frente ou atrás e quer tenha 3 lançamentos ou 30 pontos.
•Ele mostra a toda a gente que os grandes jogadores só querem melhorar constantemente; quer sempre saber qualquer coisa que o possa fazer melhor jogador.
•Ele diz regularmente: “tem a ver com aquilo que estás disposto a sacrificar; é essa a nossa forma de vida aqui nos Celtics. Tem a ver com pôr a equipa e as vitórias à frente de tudo o resto”.
•Ele diz regularmente: “para que isto resulte, todos temos de nos sacrificar”.
•Ele fala sempre da defesa: “Nós dissemos desde o primeiro dia que somos uma equipa defensiva que também sabe marcar pontos”.
•E o maior e verdadeiro sacrifício neste mundo orientado para o “eu” em que vivemos: “desde o primeiro dia que dissemos que isto era a equipa do Paul (Pierce)”. Toda a gente queria fazer desta equipa a equipa do Kevin Garnett, mas ele sabia que o Paul é que o merecia, porque ele já tinha estado com os Celtics durante os tempos difíceis.
Esta lista podia continuar, mas já ficou marcada a posição de que a verdadeira liderança não é sobre nós próprios. É a capacidade de conseguir fazer sobressair não só o melhor que há em nós, mas também conseguir que todas as outras pessoas da equipa (jogadores, treinadores, seccionistas, público, etc.) dêem o seu melhor, o seu máximo. O Kevin Garnett consegue isto dando o exemplo, ensinando, pela forma como fala em público e pelo seu interminável compromisso com a equipa em detrimento de si próprio.
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