Não conheço ninguém que fale mal de Nuno Manarte, Nuno Marçal ou Sérgio Ramos. Podem existir aqueles que gostem mais ou menos dos seus estilos de jogo, mas todo o mundo valoriza a suas maneiras de encarar o jogo, pois transmitem os valores, que mais além dos resultados, nos enlaçam com o desporto de alta competição: máxima entrega, identificação com umas cores, espírito de equipa, trabalho, liderança, educação...
Toda a gente respeita esses atletas e toda a gente sabe onde é que eles tem jogado até agora, graças a que tem passado toda a sua carreira desportiva em Portugal unidos a um clube: Ovarense, FC Porto ou SL Benfica. Mas na altura em que esses três atletas deixem de jogar, o basquetebol nacional terá um grande problema a resolver uma vez que a nossa modalidade cada dia está mais órfã de referencias.
Porque senhores da FPB, estas referencias são o exemplo a seguir se de verdade querem levantar a modalidade no nosso pais. Só com muitos jogadores como eles conseguirão devolver o olhar do aficionado até este desporto cada vez mais corroído pela mediocridade de dirigentes sem perspectiva e sem visão de futuro. Porque o que de verdade atrai é a identificação. Sem ídolos, sem referencias e sem a paixão de umas cores, o basquetebol tem um futuro negro.
Temos de defender o jogador nacional agora quando a própria Federação e os Clubes defendem um modelo em que quase não se lhes permite jogar e onde utilizando o pretexto da suposta competitividade pretendem aumentar o número de jogadores estrangeiros. Entre todas as medidas que tem de ser tomadas para salva guardar o futuro do basquetebol em Portugal, a ideia de fomentar estes ídolos, estas associações de figuras nacionais que envolvam os aficionados de cada clube e do basquetebol em geral é fundamental para fazer da liga uma competição mais apetecível e que chame mais a atenção do público. Basta já de fazer com que nossa modalidade cada dia definhe mais....

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